Uma ameaça disfarçada

O conhecido  pombo doméstico é uma variedade do pombo das rochas do mediterrâneo (Columba Lívia). Podemos encontra-lo praticamente em todo o mundo, as regiões polares constituem exceção.
Estão em nosso meio desde o século XVI como era tipicamente doméstica e graças a sua expressiva capacidade de adaptação, pois encontra abrigo e alimento com facilidade, consegue se reproduzir nas grandes metrópoles sem qualquer empecilho. Como agravante, observamos o fato dessas aves encontrarem –se fortemente vinculadas a símbolos do amor, da paz e até mesmo de religião, sendo ainda as mesmas protegidas por leis ambientais, que não permitem mata-las.
Com tantos itens ao seu favor, os pombos, vem cada vez mais gerando imensos transtornos ao ambiente e á saúde pública.

BIOLOGIA DOS POMBOS

TEMPO DE VIDA:

  • até 30 anos na natureza;
  • 03 à 05 anos nas metrópoles;

REPRODUÇÃO:

  • 01 à 02 ovos por ninhada;
  • 06 ninhadas por ano;
  • Período de incubação 19 dias;
  • Tornam-se adultos aos 06 meses;
  • Formam casais por toda vida;

HÁBITOS

Usam como abrigo locais altos, como por exemplo: forro de telhado, vão de instalação de ar condicionado, torre de igreja, etc...
Costumam escolher os seus abrigos, de forma inteligente, de modo que possam usa-los como posto de observação de sua vizinhança e também da fonte de alimento, que fica geralmente em raio de aproximadamente 200 metros.
Quanto a sua alimentação, esta é bastante variada, pois como sabemos apreciam grãos, sementes, restos de alimentos cru ou cozido, pão, ração de animais, frutos, etc...

OS POMBOS GERAM OS SEGUINTES PROBLEMAS:

DOENÇAS:

Histoplasmose – Enfermidade provocada pelo fungo Histoplasma Copsulatum, que atinge o sistema respiratório.
A transmissão ocorre através de poeira com fezes de pombos contaminados pelo fungo.

Ornitose – Enfermidade  causada  pelo agente pelo agente Clamídia Psittaci, que gera sintomas semelhantes a da gripe.
A transmissão ocorre ao inalar partículas de secreção de aves com a doença.

Criptococose – Enfermidade gerada pelo fungo Criptococus Neoformans, que afeta o sistema nervoso central.A doença pode ser fatal.
A transmissão acontece devido a inalação de poeira contendo fezes de pombos contaminadas pelos fungos.

Salmonelose – Salmonella  sp, é a bactéria responsável por esta enfermidade, que ataca o sistema digestivo.
A transmissão ocorre através da ingestão de água e / ou alimentos contaminados com fezes de pombos contendo a Salmonella.

Dermatites – Causam desconforto e são provocadas por ácaros das aves, penas e ninhos.

PROBLEMAS AMBIENTAIS

As fezes dos pombos, são ácidas o suficiente para  danificar pinturas, fachadas, monumentos, superfícies metálicas, etc...
O acúmulo de penas e fezes, provocam freqüentemente o entupimento de calhas e o apodrecimento de forros de madeira.
Contaminam alimentos  em depósitos e indústrias.

PREVENÇÃO

Quando estiver  em locais infectados por pombos adote sempre estas medidas, objetivando a prevenção de doenças.

  • Antes de efetuar a limpeza, umedecer preferencialmente  com uma ótima  solução desinfetante os locais sujos com fezes ou penas  de pombos;
  • Use máscara ou pano úmido para a proteção do nariz,  quando for limpar locais onde os pombos habitam ou transitam;
  • Impossibilidade o acesso dos pombos a água e alimentos, estes devem ficar bem protegidos;
  • Na medida do possível controle a população de pombos, evite ao máximo a formação de numerosas colônias

DIANTE DE UM PROBLEMA COM POMBOS, O QUE FAZER?

Existem várias propostas de manejo, para solucionar o problema.
É importante salientar , que qualquer atividade adotada sempre deverá ser muito bem  planejada, pois como sabemos, devemos evitar a morte ou sofrimento das aves, conforme nos fala os artigos 29 à 32 da Lei  do Meio Ambiente 9.605 de fevereiro de 1998.

Recomenda-se diante de uma infestação por pombos, a contratação de uma empresa controladora de pragas idônea ou contratar os serviços de Vigilância Sanitária (Centro de Zoonases), do seu município.